“João vai ser cabo eleitoral de pessoas que lhe taxaram de bandido?”
“Adversários históricos agonizam e pedem arrego ao Negão", diz Venâncio Política 27/02/2013 05h45 |Por Joedson Telles
O desejo declarado de alguns petistas em ter o prefeito João Alves Filho (DEM) no mesmo palanque que o candidato a governador, em 2014, pelo agrupamento liderado pelo governador Marcelo Déda (PT) soa estranho aos ouvidos do líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Venâncio Fonseca (PP). “Estão assim, agora, porque precisam de uma bóia de salvação. Em 2010, o PT se segurou em Amorim para não cair. Em 2014 querem João Alves. Adversários históricos dele agonizam politicamente e pedem arrego ao Negão. Mas é uma cocó política para o Negão. Quem é do ramo já conhece. Massacraram, desqualificaram, humilharam, falaram mal a vida toda. O Negão liderou sem poder, deu a volta por cima e passou a ser desejo eleitoral. Só acredita (na aliança PT/DEM ) quem não conhece João Alves”, disse Venâncio.
De acordo com Venâncio Fonseca, os adversários do ex-governador depois de todo o massacre que impuseram a ele, ao vencerem as eleições de 2010, pensaram que tinham sepultado-o politicamente. “Quando viram, agora, a reação dele. A capacidade política dele dando a volta por cima, agora, sendo prefeito de Aracaju. Você acha que este homem, com essa trajetória política em sua vida, com o sucesso das vitórias, com derrotas que serviram de lição, que, agora conseguiu dar a volta por cima, vai se sujeitar a ser cabo eleitoral de pessoas que durante toda a vida lhe taxaram de bandido? É a pergunta que deixo no ar”, cutucou Venâncio. “Quem conhece doutor João sabe que jamais ele se submeterá a uma humilhação dessa. Ele é o líder sem ou com mandato. João ser cabo eleitoral de quem, há poucos dias, dizia palavras até pejorativas contra ele?”
Irônico, o líder da oposição observou que nunca é tarde para se reconhecer um erro. E lembrou que, há vários anos, diz aos adversários que hoje querem acordo com João Alves que o ex-governador, ao contrário do que eles diziam, é um político trabalhador e competente. “São vários e vários anos, e eles não queriam entender isso. A vida toda eu disse que o Negão é o bom. Graças a Deus, agora, reconhecem. Pessoas que queriam distância, hoje já estão chamando-o de companheiro. Fico feliz. Reconheceram as injustiças que praticaram contra ele durante todos estes anos. Através dessa paquera, estão reconhecendo os erros que praticaram. João Alves era ultrapassado, velho, navalha, o atraso... como as coisas mudam: virou o menino de olhos azuis, do dia para a noite, para os que estão no poder. Pense?”.
Segundo Venâncio Fonseca, ao admitirem que querem o apoio de João Alves, seus adversários reconhecem não apenas a força política e o homem público que João Alves é como também seus próprios fracassos. “Estavam se achando os donos do mundo. Mas viram que este mundo diminuiu. E precisam de outras sustentações para se manter vivos politicamente. Mas não condeno ninguém. Agora, quem é do ramo político já sabe o que é uma falsidade. Uma cocó política. Tudo temos que saber distinguir. Porque quem não souber cai na armadilha dos adversários. É aquela frase de Albano: ‘Sergipe é pequeno todo mundo se conhece’. Eu digo o seguinte: defendi João Alves como líder de governo, defendi, principalmente, quando ele ficou sem poder. Sou amigo pessoal. Conheço sua capacidade política e administrativa. Conheço o ser humano, e fico feliz quando vejo adversários que tinham ódio, hoje, reconhecendo os valores do popular Negão. Aqueles que cometeram as injustiças, injurias, calúnias contra ele tenham, agora, a dignidade de vir a público e dizer: doutor João, as calúnias, injúrias, difamações que eu pratiquei contra o senhor, me desculpe. De público. O senhor não é nada daquilo. Ao contrário: é um grande homem, um grande administrador, inteligente. Tem serviços prestados a Sergipe. Um ídolo da minha vida política”, sugere Venâncio aos adversários de João que cogitam um acordo com ele para a eleição de 2014.


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