“Não posso concordar com a greve dos médicos, pois a população está sendo penalizada”, com esta afirmação, o vereador Valdir Santos (PTdoB) iniciou seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta terça-feira (20). Segundo o parlamentar, o gestor público já negociou com a categoria e garantiu que irá atender as reivindicações. A divergência do vereador deve-se ao anúncio do Sindicato dos Médicos de Sergipe que, apesar da negociação, irá paralisar os serviços por mais 48 horas.

Valdir contesta greve dos médicos da rede municipal de Aracaju

“Não sou contra a busca da valorização profissional, da greve e busca por melhores condições de trabalho. Porém, o poder Executivo dialogou com a categoria, firmou o compromisso em atender os pleitos e o prefeito enviou já para esta Casa, o Projeto de lei que concederá os aumentos. Não vejo razão para permanecer com a greve, deixar de prestar os serviços e agravar a saúde do cidadão”, avaliou Valdir.

Em aparte, o líder da bancada governista, Dr. Agnaldo (PR) reforçou que existe uma Comissão de Negociação na prefeitura que trata de ouvir os pleitos das categorias que prestam serviço no âmbito público municipal. “Essa comissão já vem colhendo as reivindicações e intermediando o diálogo com o gestor. O único item que ainda está sendo negociado, diz respeito a incorporação da gratificação por desempenho”, garantiu o parlamentar.

O vice-líder da bancada, Anderson de Tuca (PRTB) ressaltou que a tentativa do prefeito foi valorizar todas as categorias. “O gestor tentou fazer o equilíbrio. Não são apenas os médicos que prestam serviço. Também tem os enfermeiros, técnicos, auxiliares e outros que compõem o sistema público municipal de saúde. Aliás, esse aumento será concedido a todos os trabalhadores da rede pública municipal”, destacou.

Já o vereador Agamenon Sobral (PP) salienta que o prefeito deu aumento significativo. “Os médicos não tem do que reclamar. A inflação foi de 5,6% e o acréscimo concedido foi de 6,5%. Quase 1% de ganho real”, reforçou.

O vereador Pastor Roberto (SDD) interpreta a prorrogação da greve como um ato de falta de paciência. “Essa administração tem feito o que nenhuma das anteriores já fez. O prefeito garantiu que irá contemplar o que a categoria está pleiteando. Tanto que o projeto que concede os aumentos já chegou para ser votado. Não ter paciência é lamentável”, completou. 

foto: Acrísio Siqueira/CMA