CVV sugere nova abordagem sobre suicídio na mídia
Meios de comunicação podem ser aliados importantes na prevenção Cotidiano 28/11/2012 18h15 |Por Sílvio Oliveira
A notícia de um suicídio de modo geral é tratada com cautela pelos meios de comunicação. Mas o Centro de Valorização da Vida (CVV) traz à tona uma nova forma de abordagem do tema: incorporar à pauta de jornalismo o trabalho preventivo sobre o suicídio. Ou seja, mostrar à população através dos meios de comunicação a quem recorrer em caso de depressão, quem procurar, aonde ir, ou quais são os sintomas de enfermidades que podem levar ao suicídio.
O tema foi discutido e tratado sem cautelas em uma mesa redonda que ocorreu nesta quarta-feira (28), na Sociedade Semear, em Aracaju, contando com a presença de jornalistas e integrantes da Rede de Atendimento Psicossocial de Sergipe.
“Pedimos à mídia que nos ajude no trabalho de prevenção do suicídio. Assim como há temas que todos os dias são notícia, como a Aids, o diabetes, o câncer de mama, a hipertensão, o suicídio não deveria ser tratado como tabu”, afirmou a porta-voz e voluntária do CVV, Sílvia Nunes (foto ao lado).
Por conta de uma pesquisa realizada por especialistas na área, que indicam uma média de nove anos a fim de que o suicida cometa, de fato, o ato, Sílvia Nunes explica que os meios de comunicação podem ser um aliado contra este comportamento trágico.
“Dos 40% de pessoas que têm comportamento suicida, cerca de 60% delas nunca consultaram um psicólogo por não saber a quem recorrer”, informou.
Estatísticas
Conforme a Organização Mundial de Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo. No Brasil, as estatísticas indicam que 25 pessoas cometem suicídio por dia, somente perdendo para acidentes de trânsito e homicídios.
Para se ter ideia, em 2001, 7.699 pessoas cometeram suicídio no Brasil, 18 pessoas morreram de raiva canina e 8.689 cidadãos morreram de câncer no país. Por conta dos índices alarmantes e das comparações feitas do número de suicídio com outras enfermidades, o CVV quer mostrar que a prevenção deve sempre constar na pauta dos meios de comunicação.
Rede de proteção
Uma rede de proteção está sendo montada com a participação do projeto Salva-Vida, no Hospital de Urgência de Sergipe, e com integrantes da Coordenadoria de Saúde Mental do Estado. “Esperamos que a nova abordagem da mídia nos ajude passando informações às pessoas”, disse José Augusto, da Secretaria de Estado da Saúde.
Ele informou que Sergipe possui atendimento de portas abertas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), nos hospitais, nos Centros de Apoio Psicossocial (Caps), mesmo não tendo ainda uma política especifica para o tema.
“Existe uma espécie de protocolo com os municípios criando uma linha de cuidados. Temos também educação permanente, além de capacitação específica para aquelas pessoas que trabalham no atendimento”, afirmou.
A quem recorrer em caso de tentativa
Em caso de tentativa de suicídio, o cidadão deve entrar em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os enfermeiros encaminharão para a urgência do Hospital São José, especialista neste tipo de ocorrência. Na unidade hospitalar, haverá uma triagem e os profissionais saberão para onde encaminhar o paciente.
Em caso de ajuda, os números são:
CVV – 0800 284 4456/ (79) 3213 7601, atendimento das 7h às 22h
Hospital São José – (79) 3179 5419
Disque Saúde – 0800 282 2822
Coordenação de Atenção Psicossocial – (79) 3226 8342
Fotos: Sílvio Oliveira


Acidente ocorreu na curva do Lajedão, na SE-230; vítima foi arremessada para fora do veículo

As provas acontecem no próximo dia 28 de setembro e oferta 50 vagas

A prisão aconteceu na madrugada do sábado (20), no bairro Industrial durante patrulhamento de rotina

Homem foi flagrado com tabletes de droga enterrados no quintal de casa

Psicóloga explica que fatores como a sensação de prazer potem potencializar o vício