Extrema pobreza em Sergipe cai 44% em um ano, aponta IBGE
Estado registra redução também na pobreza e tem segundo menor índice do Nordeste Cotidiano | Por F5 News 03/12/2025 16h50 |Sergipe registrou queda nos indicadores de extrema pobreza e pobreza entre 2023 e 2024, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (3).
Segundo os parâmetros do Banco Mundial, a extrema pobreza, definida como rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 2,15 PPC por dia, equivalente a R$ 218 mensais, passou de 8,1% para 4,5% no estado, uma redução de 44,4% em um ano. O resultado coloca Sergipe como o segundo menor índice do Nordeste, atrás apenas do Piauí, com 4%. A média nacional foi de 3,5%, enquanto o Nordeste registrou 6,5%.
Na comparação histórica, o percentual de extrema pobreza em Sergipe diminuiu em relação a 2012, quando 11,9% da população vivia nessas condições. O maior índice da série ocorreu em 2018, atingindo 15,5%. Ainda conforme o IBGE, sem os benefícios de programas sociais, a extrema pobreza no estado em 2024 chegaria a 18%.
O recorte sobre pobreza, rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 PPC por dia, ou R$ 694 mensais, também apresentou queda. Entre 2023 e 2024, o percentual recuou de 44,1% para 36,4%, uma redução de 17,5%. Na ausência de programas sociais, esse número subiria para 44,5%. Em 2024, o índice médio nacional de pessoas em situação de pobreza foi de 23,1%, enquanto o Nordeste registrou 39,4%.
A Região Metropolitana de Aracaju acompanhou a tendência estadual. A extrema pobreza diminuiu de 6,4% para 4,4% entre 2023 e 2024. No mesmo período, a pobreza passou de 32,2% para 29%.
O estudo também analisou a desigualdade de renda. Em 2024, o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita em Sergipe foi de 0,498. Sem os benefícios sociais, o indicador subiria para 0,575, representando aumento de 15,7%. No Brasil, o índice seria 7,5% maior sem os repasses, passando de 0,504 para 0,542.
Os impactos da ausência de programas sociais seriam mais intensos nas regiões Norte e Nordeste. No Norte, o Gini aumentaria 14,2%, passando de 0,488 para 0,557. No Nordeste, haveria alta de 16,4%, com o índice subindo de 0,499 para 0,582. As regiões Sudeste e Sul apresentariam variações menores, de 3,7% e 4,7%, respectivamente.
O índice de Gini mede a desigualdade na distribuição de rendimentos, variando de 0, igualdade total a 1, que indica concentração completa da renda em uma única pessoa.
