Preso no Mato Grosso do Sul estelionatário que agia em Aracaju
Cerca de 16 pessoas caíram no golpe denominado “Boquinha” Cotidiano 29/11/2012 17h24 |Por Sílvio Oliveira
Uma quadrilha bastante equipada, com grande poder de logística e que praticava um golpe bem conhecido no Sudeste do país: a retenção do cartão de crédito em caixas eletrônicos. O baiano de Irecê, José Humberto Macho Macedo (32), pertencia a essa quadrilha e foi preso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (MS). Ele chegou a Sergipe nesta quinta-feira (29) e está à disposição da Justiça.
Estima-se que em Sergipe mais de 16 vítimas caíram no golpe denominado de “Boquinha”. A quadrilha instalava um dispositivo artesanal nos caixas eletrônicos encontrados, principalmente, em supermercados, praças públicas e shoppings. O usuário, ao tentar utilizar o equipamento, tinha o cartão retido. Uma pessoa da quadrilha se aproximava e induzia a vítima a ligar para um número 0800 ou 4003 afixados na tela da máquina. Um outro integrante da quadrilha atendia o telefone solicitando a senha da vítima.
“A vítima ligava acreditando ser de uma instituição bancária. Eles diziam que o cartão estava bloqueado e que iria chegar um novo cartão num prazo determinado”, afirmou Maria Pureza Machado (foto abaixo), delegada do Departamento de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP).
Sem imaginar que estava caindo num golpe, a vítima deixava para trás o cartão e todos as informações passadas por telefone. De posse dos dados, a quadrilha sacava dinheiro, fazia transferência e compras.
A delegada completou que a quadrilha vinha agindo em cidades do Sudeste, Centro-oeste e Nordeste e é considerada bastante capilarizada, já que tem membros em vários estados brasileiros. “Existe uma logística pulverizada. Há uma sede em São Paulo e cerca de três pessoas agiam com ele aqui em Sergipe”, ressaltou Maria Pureza.
José Humberto Machado Macedo tem passagem pela polícia de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia e não reagiu à prisão.
Ele responderá por furto mediante fraude, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, já que não tinha uma renda legal compatível com o patrimônio. A casa onde ele residia em Campo Grande está estimada em mais de R$ 250 mil e o carro pertencente a ele, em mais de R$ 100 mil.
Mais cuidado
A delegada Maria Pureza Machado pediu que a população esteja atenta e se cerque de cuidados, principalmente idosos e turistas. “Como quadrilhas de estelionatários são velhos conhecidos em São Paulo, eles estão migrando para outros mercados. O nordestino é considerado um povo hospitaleiro, mas não deve dar senha nem contrasenha a ninguém”, alertou.
Foto: Reprodução


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