"Desta verba, o valor repassado ao estado de Sergipe será de R$841.889,84 distribuído durante todo o ano, de acordo com a projeção do número de gestantes nos 75 municípios. Esses recursos serão creditados diretamente na conta dos municípios, exceto Divina Pastora, General Maynard, Riachuelo e Santa Rosa de Lima que estão sob gestão estadual”, explica Hélio Farias, diretor de Gestão de Sistemas da Secretaria de Estado da Saúde.

Graças aos recursos, a estimativa é que mais de 400 mil gestantes brasileiras sejam beneficiadas com os novos exames e cerca de 500 testes rápidos de gravidez sejam realizados. Um dos objetivos desse repasse é reduzir a mortalidade materna, através da realização um pré-natal de qualidade, com o acolhimento às intercorrências na gestação de alto risco,  além de ações relacionadas ao tratamento e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.

"Se a gestante tiver um acompanhamento preciso e mais amplo durante o pré-natal, menores são as chances das chamadas complicações materno - fetais. Teremos, por exemplo, uma queda nas ocorrências mais comuns que poderiam ser evitadas, como a hipertensão e as infecções urinárias", informou a gerente do setor de admissão da MNSL, Lourivânia Prado.

Maternidades

Em Sergipe, a rede materna, que engloba o gerenciamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), está presente nos municípios de Propriá, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Lagarto, Estância, Itabaiana e Capela.

Somente na Grande Aracaju, a oferta de leitos obstétricos foi ampliada com a soma dos 69 leitos de alto risco da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) mais 18 de internamento para baixo e médio risco, da Maternidade do Hospital José Franco Sobrinho, em Nossa Senhora do Socorro, inaugurada no mês de setembro.

"Contamos com duas salas de parto, uma para partos normais e outra para cesáreos, três leitos de pré-parto, além de cinco leitos de recuperação pós anestésica. Graças a essa estrutura, somente nesse mês de outubro, registramos 491 atendimentos ginecológicos e obstétricos, com um total de 81 partos", destacou a superintendente do Hospital José Franco Sobrinho, Genisete Pereira dos Santos.

Avanços

De acordo com a coordenadora da obstetrícia da MNSL, Alba Patrícia, a maternidade de Socorro também atua como retaguarda para as gestantes de baixo risco que acabam procurando a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. "A unidade que compreende o município vizinho tem nos ajudado a desafogar a nossa demanda, que é exclusivamente para a alta complexidade. Para se ter uma ideia, realizamos uma média mensal de 400 partos. Agora, quando as gestantes chegam aqui, regulamos para o seu município de origem conforme o protocolo. Assim, estamos reduzindo uma grande sobrecarga", informou a coordenadora da obstetrícia da MNSL, Alba Patrícia.

O secretário de Estado da Saúde, Sílvio Santos, lembra que esses avanços só foram possíveis graças a uma série de ações adotadas nos últimos três meses. Para colocar a maternidade de Socorro para funcionar, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou um investimento no valor de quase R$ 3 milhões. "No início de junho, na maternidade de Nossa Senhora da Glória, a escala estava incompleta em três dias da semana. Em Capela, a situação era a mesma. De lá pra cá, com o pagamento de horas extras e a contratação de novos profissionais, estamos avançando nas escalas, fazendo com que o número de partos seja ampliado e ofertado em toda a rede estadual, melhorando sempre a assistência à mãe e ao bebê. Isso sem falar nas medidas que ajudaram a superar o caos da superlotação na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e da própria abertura da maternidade de Socorro", declarou Sílvio Santos.