Como vai funcionar o novo Hospital do Câncer de Sergipe Marcelo Déda
Unidade de R$170 milhões inicia operação por etapas e amplia atendimentos Cotidiano | Por F5 News 14/12/2025 16h14 |O novo Hospital do Câncer de Sergipe Governador Marcelo Déda (HCS), inaugurado esta semana pelo Governo de Sergipe, começa a mudar o cenário do tratamento oncológico no estado. Com investimento superior a R$ 170 milhões, o equipamento passa a ser o maior hospital público dedicado ao câncer já construído em Sergipe, ampliando serviços, modernizando protocolos e reorganizando a Rede Estadual de Atenção Oncológica.
Quando a atual gestão assumiu o governo, em dezembro de 2022, a obra tinha apenas 9% de execução. Três anos depois, a unidade está concluída e inicia a operação em fases, o que permitirá ampliar gradualmente os atendimentos, garantir estabilidade nos serviços e integrar todas as etapas do cuidado aos pacientes.
O que o Hospital do Câncer oferece:
A nova unidade possui 230 leitos, distribuídos entre internação, UTIs, enfermarias, isolamento e pronto atendimento. A estrutura foi planejada para acolher pacientes de todas as regiões do estado, suprindo demandas crescentes por tratamento especializado.
Principais números do HCS:
- 230 leitos no total
- 135 leitos de internação
- 10 leitos de UTI adulto
- 10 leitos de UTI pediátrica
- 13 leitos de isolamento
- 102 leitos de enfermaria
- 20 leitos no pronto atendimento
- 75 leitos para quimioterapia (adulto, pediátrico e isolamento)
A ampliação é imediata: somente na fase inicial, a capacidade de quimioterapia sobe de 24 para 60 pontos de infusão adultos, um aumento de 150% em relação ao que hoje é realizado no Huse. Ao final da implementação, o hospital terá 75 pontos de quimioterapia.
Como será a entrada em operação
Para garantir segurança, eficiência e integração com a rede de saúde, o Hospital do Câncer terá funcionamento escalonado.
1ª etapa - já iniciada
Quimioterapia adulta
- Ampliação de 24 para 60 pontos de infusão
- Atendimento imediato para pacientes em tratamento ativo
Essa fase reduz a pressão sobre o Huse, que hoje realiza cerca de 720 sessões mensais.
2ª etapa - início em janeiro
Ambulatório e setor de imagens
- Consultas oncológicas
- Exames diagnósticos
- Atendimentos multidisciplinares
O setor de imagens será reforçado pelo envio, pelo Ministério da Saúde, de um tomógrafo e uma ressonância magnética via PAC Saúde.
3ª etapa - conforme cronograma da PPP
Entram em operação:
- Internações clínicas e cirúrgicas
- Oncologia pediátrica
- Cirurgias oncológicas
- Cuidados paliativos
- Reabilitação
- Serviços integrados de assistência multidisciplinar
Essa fase representa a operação plena da unidade, estruturada para triplicar a capacidade de atendimento oncológico hoje existente em Sergipe.
Integração com a Rede Estadual
A inauguração do HCS não substitui as unidades já existentes, mas fortalece e reorganiza toda a rede, ampliando o fluxo de atendimento e reduzindo o tempo de espera.
A Rede de Atenção Oncológica de Sergipe passa a funcionar integrada entre:
- Hospital do Câncer (HCS)
- Huse – Hospital de Urgências Governador João Alves Filho
- Hospital de Cirurgia
- HU-UFS – Hospital Universitário
- Caism – Saúde da Mulher
- Cadi – Diagnóstico por Imagem
- CER IV – Reabilitação
- CEOs – Odontologia especializada
- Unidades móveis da Mulher e do Homem
- Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case)
Essa integração facilita a navegação do paciente pelo sistema, aumenta a agilidade no diagnóstico e melhora a continuidade do cuidado.
Durante a inauguração, o Ministério da Saúde confirmou apoio permanente ao funcionamento do hospital, incluindo:
- Custeio integral das bolsas de residência médica e multiprofissional
- Apoio à estrutura de recursos humanos
- Envio de equipamentos de imagem
- Parceria para suprir a diferença de custeio necessária para operação máxima
O Estado estima que a demanda por tratamentos avançados, cirurgias e procedimentos de alta complexidade aumente significativamente, exigindo maior aporte financeiro contínuo.
